O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, respondeu nesta quinta-feira ao Papa Francisco sobre o estado da Amazônia; “O Papa Francisco pode ser argentino, mas Deus é brasileiro”.
O representante brasileiro afirmou que muitos se deolhoam nos incêndios no Brasil, mas “ninguém está falando da Austrália”, onde também houve recentemente uma catástrofe ambiental causada pelos incêndios.
As declarações de Bolsonaro vêm após a publicação do Vaticano pedindo “uma Igreja com rosto amazônico”.
No documento divulgado na quarta-feira, Francisco enfatizou a importância da Amazônia para o mundo, bem como sua biodiversidade e as comunidades que vivem lá; fazendo um alerta para a classe política, pedindo “responsabilidade dos governos nacionais”.
O Papa ressaltou que os moradores devem estar bem informados sobre os projetos que estão sendo planejados na área, além da necessidade de ter “um sistema regulatório com limites intransitáveis”.
Dirijo esta Exhortación a todo el mundo para ayudar a despertar el afecto y la preocupación por la Amazonia, que es también “nuestra”. #QueridaAmazonia https://t.co/Ew9l465K8L
— Papa Francisco (@Pontifex_es) February 12, 2020
El Señor, que primero cuida de nosotros, nos enseña a cuidar de nuestros hermanos y hermanas, y del ambiente que cada día Él nos regala. Esta es la primera ecología que necesitamos. #QueridaAmazonia https://t.co/Ew9l465K8L
— Papa Francisco (@Pontifex_es) February 12, 2020
Sueño con comunidades cristianas capaces de entregarse y de encarnarse en la Amazonia, hasta el punto de regalar a la Iglesia nuevos rostros con rasgos amazónicos. #QueridaAmazonia
— Papa Francisco (@Pontifex_es) February 12, 2020
“O que é essa porcaria do Greenpeace?”
Bolsonaro também criticou o Greenpeace, ong ambiental com presença em muitos países: “Quem é o Greenpeace? Como é esse lixo chamado Greenpeace? Isso é bobagem”.
Essa ONG tem expressado repetidas críticas ao presidente brasileiro. Em uma de suas últimas publicações, eles escreveram: “Bolsonaro quer acabar com a Amazônia”.
Segundo o Greenpeace, um projeto de lei promovido pelo Executivo “prevê a liberação de minas, hidrelétricas e até a exploração de petróleo e gás natural em terras indígenas”.
Entre outras questões, a ONG também havia repudiado o papel do Conselho Nacional da Amazônia, criado em meados de janeiro. Em sua opinião, a agência não teria orçamento ou um plano definido para limitar os impactos negativos sobre o meio ambiente.