Entre 80.000 e 120.000 cristãos presos em campos de trabalho norte-coreanos

A perseguição a fieis não mudou, apesar das promessas

Muitos cristãos que negaram a sua fé estão agora presos em gulags norte-coreanos. Apesar do discurso do ditador Kim Jong-Um dizendo que muitas coisas mudariam no seu país, a perseguição a fieis segue aí. O Relatório de Liberdade Religiosa Internacional, publicado pelo Departamento de Estados do EUA, diz que há aproximadamente 120.000 cristãos sem liberdade no país.

O número de prisioneiros é só uma estimativa depois de analisar fotos obtidas por satélites e testemunhos de ex-prisioneiros. Muitos saíram desses gulags e compartilharam os horrores da tortura aí. O governo não fala abertamente sobre esses locais que Kim chama de “campos de reeducação” para crimes como a participação numa igreja.  

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“O governo continua tratando duramente aqueles que se envolveram em quase todas as práticas religiosas, através de execuções, tortura, espancamentos e prisões”, afirma o relatório. “Estima-se que 80.000 a 120.000 desses que são considerados ‘presos políticos’, seriam mantidos em acampamentos localizados em áreas remotas, sob condições horríveis.”

A Christian Solidarity Worldwide participou no estudo que monitora cristãos no mundo. Eles dão evidências que “a política de culpa por associação é frequentemente aplicada em casos de detenção de cristãos, o que significa que os parentes deles também foram presos, independentemente de suas crenças”.

O Centro de Base de Dados para os Direitos Humanos da Coreia do Norte apresentou um relatório, em 2016, mostrando que “quaisquer atividades religiosas conduzidas fora das aprovadas pelo Estado, incluindo orações, cantos de hinos e leitura da Bíblia, podem levar a punições severas, incluindo a ida para os campos para prisioneiros políticos”.

Existem muitos relatos de pessoas torturadas. Uma mulher passou oito anos na prisão por “praticar o cristianismo”. “Durante seu aprisionamento, as autoridades lhe disseram várias vezes por dia para se arrepender de seu passado e tentaram fazer uma lavagem cerebral”, diz o relatório. “Ela relatou que outras seis mulheres que estavam presas no local apenas por frequentarem uma igreja foram espancadas até a morte ou morreram porque contraíram doenças e não tinham acesso a remédios”.

A reunião entre o presidente Donald Trump e o ditador Kim Jong-Um vai tratar assuntos importantes; a necessidade de liberdade religiosa estaria entre os assuntos a serem discutidos.

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