2,5 milhões de pessoas são isoladas após infecção de coronavírus em igreja na Coreia do Sul

O prefeito de Daegu, Kwon Young-jin, orientou os moradores a ficarem em casa depois que 90 pessoas que participavam de um culto na Igreja de Jesus o Templo do Tabernáculo do Testemunho mostraram sintomas de infecção por coronavírus e dezenas de casos novos foram confirmados.

Uma mulher de 61 anos que foi diagnosticada, conhecida como “paciente 31”, esteve na igreja, e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia descreveu o surto local como um “evento de supercontágio”.

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“Estamos em uma crise inédita”, disse Kwon aos repórteres, acrescentando que todos os membros da igreja serão examinados. “Pedimos a eles que fiquem em casa, isolados de suas famílias”.

Quarta maior cidade da Coreia do Sul, as ruas de Daegu ficaram desertas nesta quinta-feira (20), e os moradores se refugiaram dentro de casa depois que foi constatado o contágio das dezenas de pessoas que estiveram na igreja.

Os shopping centers e cinemas desertos de Daegu, cidade de 2,5 milhões de habitantes, se tornaram uma das imagens mais impactantes fora da China de um surto que autoridades internacionais estão tentando impedir de se tornar uma pandemia global.

Novas pesquisas que indicaram que o vírus é mais contagioso do que se pensava inicialmente aumentaram o alarme. Na China, onde o vírus já matou mais de 2.100 pessoas, autoridades mudaram a metodologia usada para relatar infecções, criando novas dúvidas sobre dados que citaram como prova de que sua estratégia está funcionando.

Descrevendo as ruas vazias, o morador Kim Geun-woo, de 28 anos, disse à Reuters por telefone: “É como se alguém tivesse soltado uma bomba no meio da cidade. Parece um apocalipse zumbi”.

Atualmente, a Coreia do Sul tem 104 casos confirmados da doença semelhante à gripe, e registrou sua primeira morte.

Cientistas da China que estudaram material coletado de nariz e garganta de 18 pacientes infectados com o vírus disseram que ele se comporta muito mais como a influenza do que outros vírus bastante relacionados, insinuando que ele pode se disseminar mais facilmente do que se acreditava.

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Em ao menos um caso, o vírus estava presente apesar de o paciente não ter sintomas, indicando que pacientes assintomáticos podem propagar a doença, escreveram elas nas conclusões preliminares publicadas no periódico científico New England Journal of Medicine.

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